terça-feira, 15 de dezembro de 2009

15º ENCONTRO
ANÁLISE LINGUÍSTICA E ANÁLISE LITERÁRIA

Motivados pelo vídeo o vôo dos Patos, iniciamos o estudo do TP2 que trata da aplicação da gramática, assunto que deixou-nos reflexivas uma vez que não estamos preparadas para trabalhar a gramática contextualizada. Percebemos que trabalhando conceitos e frases prontas, planejadas, sentimos mais segurança porém, sabemos que para isso seria necessário uma dedicação especial, dispor de tempo suficiente para atualizações constantes.
Considerando a extensão do nosso País, a linguagem diverge nas diferentes regiões e até mesmo nos diferentes grupos sociais, por isso deverá haver maior criatividade por parte dos professores para despertar cedo, no educando, o gosto pela boa leitura, o que facilitará o ensino da gramática, não priorizando conceitos, regras e nomenclaturas, para que o educando possa ter liberdade de pensamento e expressão verbal, gerando um ensino de língua mais eficaz e reflexivo, favorecendo atividades de leitura, expondo e descobrindo as variações da língua a partir de exemplos socializados em sala de aula.
Reconhecendo que a língua é variável segundo as dimensões de tempo, espaço geográfico e divisões sociais, entende-se que a gramática dos manuais mutila a realidade, no momento em que propõe como modelo a ser seguido uma língua artificial que na maioria das vezes, pouco tem a ver com os hábitos da língua padrão, considerando como erros as diferenças lingüísticas.
A função da gramática no ensino de Língua Portuguesa é ampliar a capacidade do aluno ao usar a sua língua, desenvolvendo competências comunicativas a partir de textos utilizados nas diferentes situações de interação comunicativa, pois não há modelo a ser seguido ou condicionado.
A gramática normativa tem a sua razão de ser, porém é preciso saber onde , como, porquê e com quem usá-la, sendo importante e oportuno o professor refletir sobre o que ensina, e como ensina, modificando a prática, conduzindo o educando a eficácia e beleza do falar e escrever saboroso, que torna o texto agradável ao leitor e ao ouvinte, expressando nossas idéias e sentimentos.
O ensino da gramática deve ser visto em uso e para uso, observando sua funcionalidade e inserindo-o em situações próximas ou reais.
Entender que a gramática internalizada é aquilo que o aluno sabe, que a gramática descritiva trabalha a comparação sem preconceitos das formas possíveis de serem produzidas e a explicação da aceitabilidade ou não e a adequação de uso, é tarefa da gramática normativa; conduz o educador às mudanças de suas práticas, transformando o ensino –aprendizagem monótono em aulas descontraídas, significativas e envolvente.
Esta é uma das atividades desenvolvidas, de maneira diferente, no estudo da gramática pelas cursistas do GESTAR II da Língua Portuguesa, no município de Horizontina- RS
Atividade prática do estudo da gramática.
Pensando Ludicamente o Conceito de Sujeito e Predicado
Essa é uma atividade lúdica para despertar nos alunos um olhar observador sobre o que é e que função desempenha nos enunciados o sujeito e o predicado.
Primeiro passo (antes da aula): pesquise e recorte frases de jornal (em número equivalente ao da metade do número de alunos da turma) que tenham sujeito e predicado (períodos simples, ordem direta). Após, separe o sujeito do predicado e coloque cada segmento dentro de um balão diferente. Prepare tantos balões quantos alunos tiver na classe.
Segundo passo, na aula: divida a turma em equipes. Cada equipe escolhe seu codinome. Divida o quadro em duas colunas, com os seguintes cabeçalhos: (1) de quem ou do que se diz algo e (2) o que se diz de algo ou de alguém. Distribua um balão para cada aluno. Quando todos estiverem com os balões em mãos, dê o sinal para que sejam enchidos. (Peça que tenham cuidado para que os balões não estourem. Pode ser estipulada uma pena, caso isto ocorra.) Estipule um local onde serão depositados os balões cheios.
Terceiro passo: dê um palito para cada equipe, comunicando que o mesmo deve ser devolvido (preferencialmente inteiro) ao final desta etapa. Lembre seus alunos que atrás de um minúsculo palito há uma vida vegetal que merece nossa atenção. Ao sinal do professor, um elemento por vez de cada equipe deverá estourar um e somente um balão, fazendo a leitura do fragmento de oração que nele estiver contido. A seguir, o aluno deverá escrever no quadro, na coluna correspondente, a parte da oração que tenha em mãos. De volta ao grupo, ele passa o palito ao próximo elemento, que repetirá o procedimento, de forma que todos realizem a atividade.
Quarto passo: o professor explicará que se chama de sujeito a parte de um enunciado sobre a qual se declara algo. E de predicado a parte que declara algo de alguém ou de alguma coisa.
Quinto passo: cada equipe irá, em seu caderno, escrever a combinação de sujeitos e predicados retirados das colunas, de forma a que haja coerência nas orações resultantes.
Observação: Se a atividade for realizada competitivamente, a pontuação das equipes poderá levar em conta o capricho, a organização, a rapidez, o respeito, etc., conforme valores que se queiram desenvolver com a turma.

sábado, 5 de dezembro de 2009

14º ENCONTRO
Viver e aprender nas diferentes etapas da vida

Compreender as etapas do desenvolvimento humano é de fundamental importância para profissionais que desenvolvem a sua prática voltada para esse objetivo.
Com o intuito de ampliar os conhecimentos voltados para esse aspecto, a Secretaria Municipal
de Educação dispôs a psicopedagoga professora Carmem Freddo para explanar o referido assunto, buscando o nosso entendimento frente a cada aluno que, age e reage de forma diferenciada, esclarecendo alguns dos motivos que provocam essas atitudes diante de várias situações.
O grupo de cursistas demonstrou interesse interagindo com a professora Carmem, sanando algumas dúvidas, pois vivemos em contexto de diferenças.
Em seguida conversamos sobre o encontro de Formação Continuada dos formadores em Porto Alegre.
Sentindo a necessidade de planejar algumas práticas, o grupo organizou atividades diferenciadas e envolventes a fim de trabalhar a leitura da imagem, baseadas no TP2, Unidade 6 que trata da Frase e sua Organização, a partir da proposta do Avançando na Prática da página 56.



quinta-feira, 3 de dezembro de 2009


Aprendendo sobre cidadania


As escolas municipais de Horizontina, participam todos os anos do Projeto Agrinho e neste ano o trabalho de redação da aluna Camila Gabriele Branco de Lima do 5º ano da escola São José Operário foi classificado entre os melhores do Estado do Rio Grande do Sul.


Segue ao lado o texto da aluna premiada

domingo, 22 de novembro de 2009

MINHAS MEMÓRIAS

Pensar no passado é sentir saudades de um tempo maravilhoso vivido no interior, longe das agitações da cidade, a inocência de quem acreditava nas histórias criadas e narradas pelo pai, todas as noites antes de dormir... colo, abraços, risos, histórias de vários gêneros, lendas, aventuras, suspense, terror... durante a narrativa, conforme aumentava o medo, mais eu agarrava o pescoço do pai, enquanto isso a mãe organizava os afazeres da casa, não tínhamos TV, por isso talvez, as noites eram tão divertidas e de muitas conversas.

Não me lembro de livros de literatura infantil, porém nossa imaginação viajava muito para criarmos nossos brinquedos, nossas histórias.

Apesar de o baixo poder aquisitivo, sempre tivemos as condições necessárias para frequentar a escola.

O suspense do novo, a valorização do aprender; o cuidado com a cartilha, os cadernos, os lápis novos, coloridos... a certeza de um futuro próspero a partir dos conhecimentos adquiridos na escola, realmente tudo isso tinha uma significado maior, a construção do SER.

Pensar nas distâncias, até a escola, nas estradas precárias, no alto custo das passagens e das mensalidades elevadas é constatar que realmente sabíamos o que queríamos.

Tudo mudou muito rápido, hoje temos gratuidade do transporte e da escola para todos, embora não se percebe a importância disso por parte da maioria dos estudantes... Às vezes penso que quando temos muitas facilidades tornamos tudo banal, sem importância.

O ensino médio foi o passo decisivo para a realização do sonho, iniciei o magistério com a estima no máximo, pois estava acontecendo o que mais queria.

Colégio particular, dificuldades financeiras, pois até nos dias atuais sabemos que não é tão fácil manter todas as exigências dessas instituições.
Em relação aos conteúdos, lembro que era muito exigido, precisava estudar muito, fazer muitos trabalhos, estudar as fases do desenvolvimento do ser humano, as ciências exatas, porém a parte que mais gostava era as didáticas, as disciplinas que mais aproximavam a esperança da prática.

O momento da prática chegou... imaturidade, ingenuidade, dificuldades de domínio, professora regente que só criticava para destruir e não para construir ou auxiliar, todos os passos da aula detalhados, a cobrança para fazer melhor, do diferente, do divertido sem segurança... Pensei que fosse desistir, mas o querer, a insistência a humildade e a força interior e divina possibilitaram a conquista do primeiro passo.

Isso não era o suficiente, precisava espaço no mercado, então o concurso, a nomeação a regência... Escola do interior multiseriada, precisava atender as quatro séries, a documentação da secretaria, a merenda, a limpeza, os pais e principalmente a aprendizagem dos alunos. Quanta aprendizagem...

Não tínhamos telefone, como tirar dúvidas? Nos encontros mensais com as supervisoras da SMEC, porém, um salário adequado, seis mínimos para 20hs e sem graduação. Os pais muito legais, compreensivos, parceiros, empenhados, dedicados...

Com o passar do tempo senti a necessidade de buscar novos conhecimentos, aperfeiçoamento, aprofundamento... a graduação em Letras.

Foram quatro anos de esforços em todos os sentidos e ao mesmo tempo de completa realização do meu EU, e da aplicação das teorias estudadas, nas práticas da sala de aula. Isso é que realmente impulsiona a vida de quem faz o que gosta e se realiza profissionalmente por estar constantemente ligada às letras, ao conhecimento, aos saberes e aos fazeres.

Sempre quis ser professora, e entendo que nasci para essa função, gosto do que faço e procuro adequar a minha prática aos diferentes grupos de alunos que ano após ano,a mim são confiados. É através de histórias que inicio o vínculo com meus alunos, contando e ouvindo, demonstrando que não detenho todo o conhecimento e que aprendemos sempre.

Trabalhar na área da Educação implica conhecer além da prática docente, é necessário enfrentar desafios, e um desse foi trabalhar na coordenação das séries iniciais.

O novo exige aprendizagem, dedicação e esforço, porém foi uma experiência maravilhosa, pois trabalhar vendo o fazer pedagógico de um outro ângulo permite-nos refletir e crescer, foi então que constatei na prática, o que já sabia. O trabalho fora da sala de aula é difícil e pouco valorizado, pois é preciso “organizar” “acomodar” as diferenças, as dificuldades, não só dos alunos, mas sim de todos que fazem parte da comunidade escolar, para isso, era necessário mais informações, uma formação específica, daí então o curso de Pós Graduação na Área de Gestão Escolar em um curso de EAD.

Outro grande desafio, familiarizar-se com a Tecnologia, com o uso freqüente da Internet, não poder sanar as dúvidas pessoalmente, mas quem pensa ser fácil, engana-se, pois é preciso muita dedicação e estudo em dobro, busca de soluções para as dificuldades, porém um crescimento pessoal e cultural, considerável . Mais uma etapa vencida.

Mudança de governo, substituição da coordenação, retorno para a docência somente nas séries finais do Ensino Fundamental.

Outra novidade, outro desafio, coordenar a formação continuada do Gestar II da Língua Portuguesa...

E depois o que virá?
LINGUAGEM E CULTURA TP1
13º ENCONTRO


UNIDADE 3 E 4 – O texto como centro das experiências no ensino da língua e a intertextualidade.

Após as boas vindas às colegas, iniciamos a oficina nº 2 destacando os pontos relevantes destas duas unidades estudadas salientando a importância do texto no ensino aprendizagem.
Hoje, não mais se pode pensar em escrita e leitura como unidimensionais pois possuem uma dimensão fundadora inalienável que permite ao leitor / escritor, atribuir e construir novos e coerentes significados.
A intertextualidade é essencial aos alunos, que com a mediação do professor, aprendem a ler, escrever e enxergar sua própria realidade e a realidade do outro, interagindo com seu colega, produzindo conhecimentos e representando-os tanto na realidade quanto na escrita.
Sendo que o texto precisa ser o centro de nossas atividades no ensino / aprendizagem de Língua Portuguesa, devemos ter clareza que ouvir, falar, ler e escrever são atividades intimamente ligadas porém, distintas e portanto devem ser trabalhadas cuidadosamente, para alcançarmos os objetivos de desenvolver nos alunos sua competência discursiva, ou seja, a capacidade de compreender e produzir textos diversos, orais e escritos, principalmente os de ampla divulgação na sociedade.
Para que possamos tornar nossa leitura mais crítica e mais sensível é necessário percebermos com clareza o processo da intertextualidade, pois é através desses conhecimentos adquiridos que conseguimos construir o nosso texto. Por isso a necessidade de trabalharmos com diversificação de atividades e de textos constantemente no fazer pedagógico, para que nossos alunos possam enxergar as coisas de mais de um ângulo e poder concluir que tudo é relativo.
Cientes da importância do trabalho interdisciplinar para o desenvolvimento individual, a professora Adriane construiu, juntamente com os alunos, um baú de leituras sobre vários assuntos e gêneros, afim de ampliar o envolvimento e interesse por assuntos que desperte-os a curiosidade.

A seguir, uma atividade realizada por uma das cursistas durante o curso:

LER É VIAJAR...Embarque conosco neta viagem!











• A leitura nos proporciona a descoberta de um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas. O hábito, o gosto pela leitura deve ser estimulado na infância, para que desde pequeno se aprenda que ler é algo importante e prazeroso.
• Partindo da teoria à prática (através do Programa Gestão de Aprendizagem Escolar II ),os alunos do 5º Ano, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Bela União, arregaçaram as mangas e abraçaram a proposta: O baú da leitura ( na sala de aula). Durante duas semanas, nas aulas de Língua Portuguesa, os alunos ( carentes), trouxeram tintas, serrote, pregos, lixas,martelo e produziram o baú, através da doação de uma madeireira próxima à escola. Posteriormente visitaram algumas empresas e munícipes que prontamente colaboraram,doando livros, revistas e jornais, possibilitando o acesso diário à leitura na sala de aula.

DURANTE A AULA DE LEITURA

A sala de aula é um espaço de interação, portanto, são muitas as oportunidades que os alunos têm de se expressar,bem como ouvir, ler e escrever.De acordo com o TP1 ( Linguagem e Cultura), unidade 3,
“ O ensino- aprendizagem de qualquer língua deve dar-se com o uso de textos, porque é por meio deles que pensamos e interagimos. O texto deve ser o centro de todas as atividades que envolvem o ouvir, o falar, o ler e o escrever.”
• Para enriquecer nossas práticas,
• O TP6( Leituras e Processos de escrita), traz algumas reflexões acerca da proposta que fazemos de abordagem de literatura. Que a mesma não se dá de uma forma l
eviana, mas com ações responsáveis, garantindo a cada um o direito de escolher, de pensar, de sentir e agir diferente
do outro. “ E é nisso que a boa literatura aposta: no novo, no diferente, na expressão mais democrática e subversiva de mundo.”

Professora: Adriane Elis Sichinel







domingo, 8 de novembro de 2009


LINGUAGEM E CULTURA TP1
12º ENCONTRO

Unidades 1 e 2 - Variantes lingüísticas : dialetos e registros e desfazendo equívocos.

Iniciamos o encontro com uma técnica desenvolvida pela prof. Janice que tem por objetivo destacar a importância da reflexão, das estratégias, do companheirismo e da confiança que precisamos ter para nos livrar de alguns conceito, preconceito, hábitos que não nos fazem bem e buscar a liberdade, a autonomia, o novo, o fazer diferente para aperfeiçoar as práticas profissionais e pessoais.
Em seguida analisamos os resultados da Avaliação Diagnóstica aplicada em todas as escolas municipais de 5º a 8º séries, onde percebemos, mais uma vez, que a prática docente atual não está alcançando os objetivos propostos e que portanto, precisamos nos determos na compreensão e produção textual para significar a apredizagem através do envolvimento maior dos educandos, tirando-os da passividade para que possam ser agentes da própria construção do saber, diminuindo talvez o desinteresse e a indisciplina que é comum na maioria das escolas do nosso município e acreditamos que nos demais também.
Dispostas a mudar esta realidade, mergulhamos no estudo das Unidades 1 e 2 do TP1, em busca de conhecimentos novos, técnicas, sugestões e propostas que nos auxiliarão nesta transformação das práticas atuais. Entendemos que o estudo da Língua e o convívio com o texto literário constituem a base necessária para a formação integral da personalidade, à cultura geral e a um melhor grau de atuação do indivíduo na sociedade em que está inserido, pois ela expressa a cultura dos sujeitos e dos grupos, entendendo cultura, como o conjunto de ações, pensamento e valores de uma pessoa ou de uma comunidade.
Assim como a sociedade e sua cultura estão em constante evolução, a língua possui um caráter dinâmico, em constante construção pelos seus usuários, pois sociedade, cultura e língua, são construções históricas dos sujeitos. Influindo umas sobre as outras, essa três “instâncias” estão em constante processo de transformação.
Uma língua nunca é falada de maneira uniforme pelos seus usuários, ela está sujeita a muitas variações. O modo de falar uma língua varia, e esta variedade não pode ser classificada como melhor ou pior, mas sim como diferente, pois deve ser adequada a cada contexto. Dessa maneira, fala bem aquele que se mostra capaz de escolher a variante adequada a cada situação e consegue o máximo de eficiência dentro da variante escolhida.
Usar o português rígido, próprio da língua escrita formal, numa situação descontraída da comunicação oral é falar de modo inadequado. Soa como pretensioso, pedante, artificial. Por outro lado, é inadequado em situação formal usar gírias, termos chulos, desrespeitosos, fugir afinal das normas típicas dessa situação.
Quando se fala das variantes, é preciso não perder de vista que a língua é um código de comunicação e também um fato com repercussões sociais. Há muitas formas de dizer que não perturbam em nada a comunicação, mas afetam a imagem social do falante.
A oralidade e a escrita são as duas modalidades da língua, sendo que a escrita é uma modalidade artificial, daí a dificuldade maior na escrita, pois tem características bem distintas da oralidade.
Partindo da ideia, que a escrita não se realiza apenas no registro formal, podemos facilitar a aprendizagem desta, escrevendo bilhetes para pessoas íntimas, observando que neste caso, por exemplo, não usamos o registro formal, e assim podemos, aos poucos, aumentar esse grau de formalidade, destinando nossos escritos à pessoas com menor vínculo, desenvolvendo a escrita e a adequação da língua nos diferentes grupos sociais.
Entendemos que tanto a oralidade quanto a escrita, são elementos fundamentais e indispensáveis no fazer pedagógico, pois ambos servem de suporte para a contextualização e aproximação do ser com a construção da aprendizagem, tornado-a significativa e necessária.




ATIVIDADE REALIZADA COM OS ALUNOS A PARTIR DA DINÂMICA

“ ALGEMAS CORPORATIVAS”

A escrita é uma etapa que não pode ser desvinculada da oralidade. Sabe-se que a prática da escrita é uma forma de deixar registrado aquilo que falamos e fizemos e é através da escrita que podemos também transmitir nossas informações.
Com o objetivo de trabalhar o texto injuntivo ou instrucional, foi desenvolvida a dinâmica das algemas cooperativas com os alunos da sétima série da Escola Municipal de Ensino fundamental Bela União.
Os alunos tiveram que seguir as orientações( dadas oralmente pela professora) para desenvolver a brincadeira; depois cada um teve que produzir um manual explicando o jogo. Em seguida os manuais foram trocados para verificar se estavam coerentes e coesas, ou seja, se os(as) colegas saberiam fazer a brincadeira seguindo o manual. Com a observação deles, que faltavam muitas informações e outras não estavam claras foi sugerido, após comentários, produzir uma nova elaboração do manual, observando então as seguintes informações sugeridas por eles:
- finalidade do jogo;
-materiais utilizados;
-como se joga;
-soluções
DINÂMICA
Algemas Cooperativas

Este jogo com cordões é uma excelente atividade para estimular o trabalho em equipe (a cooperação), o equilíbrio, a paciência, o raciocínio, a estratégia, a comunicação e a motricidade.
Como se joga:
Para jogar, você precisa de um amigo, de dois pedaços de cordões (liso e macio) de 1m de comprimento. Em seguida vamos fazer de conta que vocês foram algemados por esses dois cordões( O cordão precisa ser posto primeiramente, com um laço em cada extremidade do barbante, nos punhos de um dos colegas; depois coloca-se um laço em uma das mãos do outro colega e a outra extremidade passa-se por trás do barbante do colega e depois põe-se a outra extremidade no outro punho). O desafio é sair das algemas sem que se corte o cordão ou se desamarre os nós dos cordões.
Caso você queira fazer a brincadeira com outros colegas é interessante que os induza a usar o corpo, colocando para eles que o uso do movimento corporal é um dos caminhos para a solução do enigma das algemas. Espere e veja o que vai acontecer.
Nota importante:
Cuidado quando amarrar o punho com o cordão para não machucar; deixe um pouco folgado.
SOLUÇÃO:
Um dos parceiros pega seu cordão pelo meio, passando por baixo do cordão que está no punho (direito ou esquerdo) do colega, no sentido punho pontas dos dedos pela parte palmar. Neste momento passa por sobre o dorso da mão do seu colega e é só sair de perto do seu colega e comemorar a liberdade.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009


2º Encontro em POA

A constante busca do saber é o que mantém cada vez mais sólida e necessária a atuação de professores que acreditam na “Educação” e que realmente sentem o prazer de contribuir para o desenvolvimento integral de seres maravilhosos que nos são confiados a cada dia, impulsionando-nos para reflexões, soluções e alternativas diante de cada situação.

Envolvida nessa motivação do novo, dirigi-me a Porto Alegre para o segundo encontro dos formadores do Gestar, buscando novos conhecimentos e inovações capazes de aperfeiçoar o fazer pedagógico dos professores, nesse programa que está movimentando as escolas e contagiando alunos e colegas na perspectiva da construção do conhecimento, a partir dos saberes de cada indivíduo, tratando como diferente e jamais como errado, mostrando outras alternativas possíveis para cada situação.

Nesse período de estudos, reflexões e troca de conhecimento, muito aprende-se, e daí a preocupação e a responsabilidade de transmitir às colegas cursistas, da melhor forma possível, tudo isso para que faça a diferença no fazer pedagógico diário e permanente, para que o nosso trabalho não seja um peso e sim um prazer, um contínuo querer aprender e sentir-se bem junto dessas criaturas que nos envolvem diariamente em diferentes momentos e até mesmo em nosso sonhos.

Baseada nessa realização pessoal e profissional é que fazemos possível e até o impossível para encerrarmos esse processo com êxito.

sábado, 24 de outubro de 2009

11º Encontro

“A Lição do Pássaro” foi a mensagem apresentada no início do encontro, destacando o valor da oração.
A partir das anotações feitas individualmente, partimos para a discussão dos pontos obscuros e polêmicos das unidades 23 e 24 do TP6.
O primeiro destaque foi sobre a importância das releituras do texto do escritor, a fim de que se distancie do seu texto para fazer uma avaliação mais completa, colocando-se no lugar do interlocutor, focando os processos de coerência e coesão textuais, elementos referentes à estrutura do texto, do gênero, a seqüência de idéias, observação da ortografia, a pontuação e o texto como um conjunto.
A intervenção do professor é fundamental no processo de revisão e edição do texto, uma vez que pode, através de questionamentos, orientar, sugerir, oferecer alternativas aos problemas, considerando que a posição do autor deve ser respeitada, pois a escola é o lugar de reflexão e da transformação das práticas.
O texto, “iniciando nossa conversa” é maravilhoso, pois consegue cintilar a idéia de que a literatura precisa fazer parte da nossa vida, precisa alimentar o espírito e que é fundamental apresentarmos aos nossos alunos esse “alimento da alma” para que possam sentir falta dele e buscá-lo em algum momento da vida. Sabemos que a escola é um espaço fundamental para desenvolver leitores porque é condição da plena cidadania, da plena participação na produção humana, porém para que isso aconteça é preciso que o professor leia literatura, que saiba ler literatura, que viva realmente esse discurso.
De acordo com os depoimentos das cursistas, literatura é o que toca os sentimentos, o que encanta, que modifica, é poesia, é emoção, é viver em um mundo “distante” e num momento “único”.
As reflexões realizadas neste estudo foram de fundamental importância, uma vez que ligamos a teoria à nossa prática, através de exemplos e debates relacionados ao nosso cotidiano, as dificuldades encontradas, frente a rejeição enfrentada pelo professor, quando o aluno diz que não quer saber dessas “coisas”, a dificuldade em atender individualmente os que mais necessitam devido ao número de alunos e a inquietação dos mesmos.Apesar dessas dificuldades, amamos o que fazemos, tanto que estamos totalmente envolvidas neste programa buscamos aprender para modificar, para aperfeiçoar e alcançar os objetivos que tanto almejamos
.

sábado, 10 de outubro de 2009

10º Encontro

Envolvidas na reflexão de alguns provérbios iniciamos o estudo do TP6, que enfoca leitura e Processos de Leitura.
As unidades 21 e 22 contemplam os conteúdos da Organização de textos argumentativos e suas soluções e as fases de planejamento, escrita, revisão e edição. A partir das observações destacadas no estudo individual, iniciamos os comentários sobre o referido conteúdo, tirando as dúvidas e destacando sempre a importância do conhecimento prévio para que se possa argumentar um determinado assunto, pois, todo texto tem um autor que procura convencer o leitor/ouvinte a cerca de alguma idéia, da tese, sabendo que o ato de convencer se dirige à razão e o ato de persuadir se dirige à emoção.
O grupo registrou e destacou que argumento é tudo aquilo que faz brilhar, cintilar uma idéia, visando persuadir, fazer o leitor aceitar o que lhe foi comunicado, a levá-lo a crer no que foi dito e a fazer o que foi proposto, conforme a texto “Ampliando nossas referências sobre Argumentação”.
Refletindo sobre o planejamento e a produção textual na prática, percebemos que não devemos simplesmente oferecermos listas de instruções para fazer um planejamento, se quisermos construir um aprendizado significativo, precisamos estimular a leitura e a escrita, provocando a discussão e a reflexão, para que possam posicionar-se frente ao assunto e assim elaborar o seu texto.
Para finalizar o estudo, realizamos a atividade 1 da oficina 11, a qual foi muito proveitosa “ por além de relacionarmos a prática com a teoria”, também serviu de desconcentração pois a imaginação voou longe no fechamento do texto sugerido.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009


ESTILO, COERÊNCIA E COESÃO

A partir de uma mensagem apresentada pela cursista Adriane,refletimos sobre as dificuldades enfrentadas diariamente por nós e percebemos que são pequenas em relação a outras que realmente não entendemos como podem ser superadas.
Após a reflexão dos conteúdos estudados nas Unidades do TP5, seguimos para a preparação das práticas sugeridas, as quais foram adaptadas conforme as evidências do momento.
As professoras prepararam atividades baseadas na Unidade 18 que trata da Coerência Textual, com o objetivo de verificar como se constrói a coerência nos textos.
Para isso foram planejadas várias atividades que serão desenvolvidas de acordo com as possibilidades de cada turma.
Com o objetivo de destacar os mecanismos de coesão textual, aplicou-se o “Avançando na Prática” das páginas 162 e 163 do TP5, estudado na seção 3 “Progressão Textual”, a atividade de produção de uma história, seguindo as seguintes perguntas adaptadas à técnica da “gaitinha”,

a) Oque aconteceu?
b)Onde aconteceu?
c) Quando aconteceu?
d)Quem foram os envolvidos?
e) Qual foi o desfecho da história?

O texto foi produzido por grupos de 5 alunos, onde um não podería saber a resposta do colega antes do momento de abrir a “gaitinha”.
E ntendo que este momento de produção em grupos, é o mais rico em aprendizagem, fico fascinada observando as discussões as conclusões, as sugestões e as “risadas gostosas” no momento em que acontece “ algum balão”, de alguém não acompanhar o raciocínio...
Neste momento acontece o verdadeiro “laboratório” da aprendizagem, da construção do conhecimento, da prática significativa, do do fazer o aprender de modo descontaído, alegre e prazeiroso.
( foto d a5ª série)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009



LITERATURA DE CORDEL



A poesia é um gênero literário encantador, sendo assim, no mês de agosto, em que comemoramos o Dia do Folclore, procurou-se valorizar as diferentes expressões culturais do nosso povo, manifestadas através da poesia. Entre elas, resgatou-se a Literatura de Cordel, esse gênero de poesia popular impressa, que ocorre especialmente no nordeste, mas que passou a ser conhecida e valorizada pelos brasileiros.
Os alunos encantaram-se pelas leituras, pela oralidade, pelos jogos de rimas, de palavras, aprendendo também a fazer cordel, contando histórias criadas e improvisadas pelos mesmos. Este estudo encurtou distâncias culturais, uma vez que entenderam que gaúcho também pode gostar de Literatura de Cordel.

Depois do estudo da Literatura de Cordel, os alunos produziram suas próprias poesias,expondo-as na sala e contando suas histórias em versos, aos demais alunos, no auditório da escola.Convidou-se também pais, tocadores de gaita e violão ( trovadores), para participar da proposta desenvolvida neste estudo.

O material produzido permanece disponibilizado aos alunos na sala de aula.
Escola Mun.de Ens. Fund.Monteiro Lobato
Série:6ª
Profe: Adriane Elis Sichinel

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

8º Encontro

A apresentação de um monólogo por uma ex-aluna de duas professoras cursistas deu início aos trabalhos do oitavo encontro do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - Gestar II. Apesar da paralisação das aulas, o grupo da área de Língua Portuguesa decidiu continuar os trabalhos nas datas previstas. As professoras fizeram suas avaliações sobre a apresentação, observando alguns aspectos estudados no TP5 que trata do Estilo, Coerência e Coesão Textual. No primeiro momento foi enfocado que precisamos respeitar os diferentes estilos que são motivados pela emoção e afetividade do falante. Ao comentar o texto “Palavras são palavras...” de Celso Ferreira Costa e discutir, exemplificar e socializar experiências, a Professora Romilda Seidel destacou que o sentido das palavras, muitas vezes é dado pelo ouvinte e não pelo falante e que nas relações humanas, a palavras tem o “poder” de construir e muitas vezes de destruir, por isso a importância de pensarmos bem antes proferirmos alguma “palavra” para que tenhamos os resultados desejados. Em relação as unidades que tratam da Coesão e Coerência Textual, foram destacadas algumas atividades propostas, pois nos preocupamos com a coerência textual, porém temos como aspecto relevante a correção da ortografia, por isso entendemos que precisamos desenvolver e esclarecer aos alunos quando um texto é realmente um texto e deixa de ser um aglomerado de palavras que não fazem sentido, que não produzem significação, compreensão, por parte dos leitores. A coerência também depende do gênero textual escolhido, pois ela não esta no texto, mas é construída a partir dele. A explicação sobre coerência e coesão também foi muito relevante em nosso estudo, devido o fato das mesmas serem algumas vezes confundidas, sendo que neste momento temos plena clareza da função da coesão que é de combinar o texto no seu interior, ligando as partes de maneira a formar um todo, enquanto a coerência combina os textos com seu exterior, com seu contexto, com suas finalidades e situações sócio-comunicativas. As oficinas foram trabalhadas e socializadas, sendo que a preparação e avaliações das práticas sugeridas ficaram para a próxima terça-feira dia 11/08/09.



segunda-feira, 31 de agosto de 2009



7º Encontro

A abertura desse encontro aconteceu com a mensagem “Sugestões para ser feliz”, sendo esta importante para um recomeço, o inicio da reta final de mais um ano letivo, com muitos desafios pela frente.

Evidentemente não poderíamos deixar de comentar sobre a preocupação que nos desconcentra no momento, que é a gripe A1N1, pois estamos sujeitos à contaminação, porém devemos tomar algumas providências e seguir com o nosso trabalho. Conversamos também sobre a 13ª Jornada de Literatura de Passo Fundo que aconteceria de 24 a 28 de agosto em que quatro das 12 cursistas participarão, sendo que também acontecerá em outra data. Por precaução o prefeito de Horizontina decretou duas semanas de suspensão das aulas.

O assunto seguinte foi em relação a avaliação diagnóstica, proposta pelo MEC, onde verificamos o conteúdo e os descritores contemplados e decidimos pela aplicação das mesmas, uma vez que virá nos auxiliar na organização dos conteúdos para o próximo ano letivo e principalmente para analisarmos em que nível de aprendizagem os nossos educandos se encontram, o que está acontecendo para o melhor ou pior desenvolvimento dos mesmos e também sobre a aplicação das práticas sugeridas nos TPs deste programa de formação do Gestar II.

As cursistas ficaram ansiosas e curiosas em relação às avaliações, pois os resultados alcançados pelos nossos alunos, reflete o sucesso ou o fracasso das nossas práticas, embora tenhamos consciência do desinteresse e indisciplina que enfrentamos diariamente por parte de alguns, que prejudicam o maior aproveitamento dos assuntos discutidos.

Ao saber que as colegas não haviam estudado as unidades 17 e 18, fiquei frustrada, porém, imediatamente se propuseram fazer os estudos, as anotações e reflexões relevantes, juntamente com as unidades 19 e 20, para o próximo encontro.

Partimos então para as trocas de experiências das atividades realizadas e as adequações necessárias das prática planejadas.

Fomos muito bem servidas com o lanche preparado pelas cursistas Sandra Peterman e Romilda Saidel, as quais receberam elogios e agradecimentos. Esse momento que acontece em todos os encontros é simplesmente fantástico, pois nos aproxima e descontrai, criando laços de amizades entre o grupo que pensa em continuar se encontrando após o término dessa formação, pois entende que no grupo produzimos mais e crescemos no nosso fazer pedagógico.

sábado, 22 de agosto de 2009

RELATÓRIO DO 6º ENCONTRO
Lágrimas...
A abertura do encontro estava a cargo das professoras Adriana Stoll e Noeli Stein, as quais prepararam uma reflexão sobre a importância de vivermos intensamente todos os momentos da vida e não esperar para dizer depois o quanto amamos alguém, ou o quanto é belo, maravilhoso, importante e precioso aquele momento... O grupo é composto por professoras que têm o coração d “manteiga”; cada uma relacionou a mensagem com fatos diferentes e ao relatar as reflexões, as lágrimas molharam a face de todas...
A partir daí iniciamos as reflexões sobre as Unidades 15 e 16 que é o Mergulho no texto e A produção textual – Crenças teorias e fazeres onde comentamos os tópicos mais significativos para cada cursista.
Destaca-se as dificuldades encontradas na conquista de leitores e baseadas no estudo da unidade 14, compreendemos que falhamos no método usado, pois não provocamos a curiosidade, a necessidade de buscar conhecimento, respostas ou da própria ressignificação do ser através da leitura e que cabe aos educadores de todas as áreas esse entendimento, para que possamos fortalecer e alcançar nossos objetivos.
Percebeu-se que não é possível ensinar alguém a ler e a gostar de ler se nós educadores não formos apaixonadas pela leitura. É preciso que a leitura seja baseada no desejo, no prazer, bem como no exemplo, pois muitas vezes a resistência à leitura provém de práticas desmotivadoras realizadas na própria escola, sendo difíceis demais, não fazendo sentido ao leitor ou incompreendida.
A leitura e a escrita são atividades distintas, mas relacionadas pois para que se possa escrever algo, é preciso antes ter um embasamento sobre determinado assunto para então poder discorrer sobre o mesmo, sendo fundamental a prática da escrita em situações sociocomunicativas diversificadas pois aprende-se escrever, escrevendo.
Considerando que muitas crianças vivem em ambientes iletrados ou semiletrados, cabe à “escola” realizar diariamente a leitura deleite para que os alunos sintam o gosto, a beleza, o valor, o sentido da leitura e desenvolvam aos poucos a necessidade de ler para aperfeiçoar a escrita, desde a escolha do tema, a criatividade, a coesão e a coerência no desenvolvimento, buscando envolver todos os educandos na prática da escrita e produção de significados para torná-la comunicativa.
As correções textuais precisam ser feitas de maneira que priorize a coerência e a coesão, deixando de corrigir essencialmente a gramática e a ortografia, para que o escritor/ aluno sinta a importância de passar a essência do texto e que seja discutida no grupo essa construção do conhecimento, compartilhando com os colegas e descobrindo que certos passos devem ser observados para poder tomar as decisões sobre os textos escritos.
A responsabilidade dos educadores cresce constantemente, pois compete a esses, transformar aos poucos, essa realidade constrangedora do nosso país em relação a construção do conhecimento e apropriação do saber, para aperfeiçoar os diferentes aspectos que não concordam.
Segundo Paulo Freire, “a leitura de mundo precede a leitura da palavra daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade de leitura daquele.”

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Práticas sociais da leitura e da escrita

Entre conversas e risos o grupo foi surpreendido com a leitura “deleite” do texto “O menino que descobriu as palavras” de Cinéias Santos e Harcanjo, pela cursista profª Vera e em seguida fomos agraciadas com o recitar do poema “Poema Didático” de Mário Quintana pela profª Nadir Scholze, o qual criou um clima de admiração e emoção provocando relatos de outras experiências onde nos “vestimos” dos personagens e deixamos lembranças e aprendizagens registradas na memória dos expectadores.
Nas discussões sobre as unidades 13 e 14; “Leitura, escrita e cultura e O processo da leitura” destacamos a diferença que existe no processo da leitura que exige esforço, dedicação e objetivo para tal exercício e que nosso compromisso é provocar a curiosidade, a necessidade de ler para alcançar o que procura e assim descobrir a importância de realmente “saber ler” e não simplesmente decodificar signos e não ser capaz de inferir e construir sentidos a partir da leitura. Destacou-se também a importância dos conhecimentos prévios, da cultura e valores para desenvolver a habilidade de ler.
O conceito de letramento foi baseado na leitura de mundo e a utilização da escrita para trocar idéias, conhecimentos e modos de pensar, para nos comunicarmos e transformarmos o mundo e a nós mesmos.
Destacamos também a distinção que existe entre o processo de ensinar e aprender pois um é feito para o outro e permite uma avaliação, enquanto o segundo acontece internamente onde relacionamos também o “ler” do “compreender”, pois um diz respeito ao reconhecimento das palavras e os signos enquanto a compreensão utiliza essas palavras para construir imagens, pensamentos, raciocínios que só acontecem internamente e com as suas particularidades, condicionada pelo contexto social e cultural do sujeito.
Após o estudo teórico tivemos a apresentação de algumas práticas registradas em textos e cartazes, sanamos algumas dúvidas e partimos para a preparação das aulas.
O encontro foi muito produtivo, pois o grupo demonstrou interesse sobre os assuntos estudados, destacando, comentando e registrando os conteúdos relevantes dos estudos.
É gratificante esse momento de encontro pois existe cumplicidade com o trabalho realizado.

terça-feira, 4 de agosto de 2009



QUARTO ENCONTRO DO GESTAR

Momento de recordar, ressignificar, pensar, questionar e aprender...
O estudo sobre Tipos Textuais e Gêneros Textuais desestabilizou antigos conceitos transformando o encontro em um verdadeiro laboratório da aprendizagem, pois lemos e relemos as unidades 11 e 12, exemplificamos, questionamos e contamos com as contribuições importantes da coordenadora da SMEC, professora Nadir Scholz, Mestre em Língua Portuguesa (Lingüística), para aprofundar ainda mais os assuntos em pauta, o qual consideramos ser um dos principais elementos no desenvolvimento da humanidade, se não o principal, sendo que estamos cientes da importância do domínio das habilidades da leitura e da escrita para a conquista dos objetivos dos educandos, que acreditamos ser, o desenvolvimento pleno na construção de uma sociedade capaz de fazer bom proveito da explosão de informações e transformações em que estamos inseridos.
A oficina 6 (seis) realizada, foi mais uma demonstração da efetiva participação das cursistas, que mesmo sentindo dificuldades em encontrar as características textuais solicitadas, por não observar o todo do texto e sim as partes,continuaram o trabalho, relacionando com as atividades de sala onde os alunos também são desafios com as dificuldades.
Em relação aos registros, estão sendo elaborados com dedicação e de acordo com as exigências do Gestar, cada um com seu entendimento e relevância, tendo presente a importância das autoavaliações e do envolvimento ativo e participativo no desenvolvimento das aulas, as quais estão entusiasmando tanto professores quanto alunos, percebendo que não é fácil modificar, desacomodar, porém urgente.
TERCEIRO ENCONTRO
FILME: NARRADORES DE JAVÉ

O encontro foi divertido, descontraído e muito proveitoso pois serviu de embasamento para reflexões pessoais e profissionais pautadas no saber prévio, na consciência da fundamental importância que temos em preparar, auxiliar, proporcionar e mostrar ao educado o quanto é imprescindível se apropriar do saber, do conhecimento e do letramento para poder exercer o direito de cidadão em todos os ambientes opinando e defendendo idéias e interesses de mudar ou construir, a partir daquilo que já existe ou não, algo melhor, novo...

Um povo analfabeto, desinformado, sem raízes culturais procura criar fatos ou imaginações e deixa de buscar saída para a situação, se condiciona ao abandono.

Esse filme demonstra a força da linguagem, tanto escrita quanto falada, para ascensão social e conquista da independência.

A pequenez do povo diante da força da represa representada na cena da goteira ratifica a idéia de que nada mudou desde a chegada do povo em Javé, pois não houve trocas de conhecimentos e consequentemente não houve transformações tanto físicas como psicológicas.

A partir dessas reflexões certifico o pensamento de que precisamos, mais do que nunca, proporcionar aos nossos educandos a capacidade de se apropriar da escrita e da leitura para crescer como cidadão capaz em todos os aspectos.

segunda-feira, 20 de julho de 2009


Leitura e Escrita: Principal meio para ascensão social

Entendendo o conceito de leitura como sendo a prática cultural de produção de sentidos, de compreensão e de inferências significativas, ler designa uma condição humana que integra e constrói sentidos.
A leitura é um permanente processo de troca, ao situar-se no âmbito das diferentes interpretações porque constitui significado mediado pela sua trajetória social singular à medida que o leitor opera uma articulação de nexos culturais que vão além do sentido das palavras e do agrupamento de frases do texto.
De acordo com a escritora Ruth Rocha, a gente lê porque aquele autor nos leva a refletir sobre determinados problemas, nos leva até a modificar o nosso ponto de vista, nos leva a perceber que tem outros pontos de vista na vida a não ser os nossos. E isso é o que faz o encanto da leitura. Entende-se então, que a leitura é uma necessidade objetiva para chegar a ser um sujeito moderno, versátil e dinâmico, capaz de manipular textos diversos e resolver dificuldades com o auxílio do conhecimento.
Sabe-se que a escola desempenha papel fundamental na criação de bons leitores, mas para isso é indispensável os objetivos da leitura dos alunos e dos professores para que sintam necessidade de ler, razões verdadeiramente pessoais para saber alguma coisa ou para viver determinada experiência, por meio da leitura.
Conforme os PCNs, a formação do leitor e do escritor, só será possível na medida em que o próprio professor se apresentar para o aluno como alguém que vive a experiência da leitura e da escrita e que tenha uma relação prazerosa com ambas, pois deve ser aquele que transmite o valor que tem a língua para si, sendo desta forma, um mediador com legitimidade para seus alunos.
Ler é um componente social, que exige esforço e dedicação. Onde o significado não está nem no texto e nem no leitor, mas nas convenções de interação social no ato da leitura, que remete inevitavelmente a outro textos e a outras leituras, formando relações com contextos maiores acionando assim o sistema de valores crenças e atitudes que refletem perspectivas dos grupos sociais aos quais estamos expostos ou inseridos.
Considerando que na escola a interação ocorre com maior fluidez, a aprendizagem deve ser construída nessa interação de sujeitos cooperativos com objetivos determinados contagiando e sendo contagiado pelos trabalhos eficientes e agradáveis de novas leituras e produções significativas, demonstrando a valorização e bom desempenho dos seres dominantes da leitura e da escrita.

domingo, 28 de junho de 2009

MOVIMENTOS DO GESTAR II

Dia após dia acompanho as práticas diferenciadas, envolvendo toda a escola e todos os alunos na construção da significação do aprender. Percebo que o entusiasmo que contagia o grupo de cursistas está atingindo fortemente os alvos do nosso “fazer profissional”, pois se sentem envolvidos nas propostas que desenvolvem nas atividades diárias, uma vez que as cursistas divulgam as “riquezas” das produções dos alunos, no som das salas de aula, no jornal da cidade, nas exposições da escola, enfim, em todos os ambientes possíveis para mostrar que os estudos teóricos do Gestar II estão movimentando e modificando as práticas de quem está em constante busca do verdadeiro sentido do ENSINO-APRENDIZAGEM, que muitas vezes é feito de ilusões onde o professor “finge que ensina e o aluno finge que aprende” e o grupo de professores de Horizontina quer realmente fazer a diferença, despertando nos educandos a necessidade da apropriação da leitura e da escrita para que possam crescer apropriados do “saber”, pois é comprovado que o ser humano quanto mais sabe, mais reconhece que precisa saber, por isso e por muito mais que não podemos nos acomodar, precisamos mais do que nunca aperfeiçoar, modificar e desacomodar os nossos educandos e principalmente os educadores, que não sendo mais os detentores do saber precisam encontrar estratégias para construir o APRENDER A APRENDER coletivamente, estudando, experimentando, avaliando, modificando e avaliando novamente e principalmente refletindo sobre como alcançar os objetivos e tornar-se assim mais feliz no aprender e no ensinar.

domingo, 14 de junho de 2009





2º Encontro da Formação Continuada.

Embalada pela expectativa do “fazer diferente”, a prof. Ivete (cursista) apresentou, juntamente com duas alunas, ao grupo de cursistas, uma atividade realizada no laboratório de informática onde aconteceu a interpretação da letra da música “Planeta Azul” e a comparação das diferentes compreensões de um mesmo texto. Essa apresentação deu início aos comentários e exemplificações de práticas diferenciadas desenvolvidas por outras professoras; como a criação de emails, concursos de poesias, confecção de álbuns com produção textual de diversos gêneros trabalhados nas mais variadas datas e ocasiões a partir de revistas antigas, e outras atividades que proporcionam as reflexões sobre as definições claras de gêneros e tipos textuais, que muitas já haviam esquecido bem como a importância da bagagem cultural de cada aluno para a interpretação, compreensão e produção de novos textos.
Após as reflexões tivemos o momento do lanche e da descontração.
Em seguida preparamos as práticas, cada grupo preparou para uma determinada série, de modo que todos os alunos sejam contemplados com esse “novo jeito” de trabalhar, visando o crescimento e aperfeiçoamento através das autoavaliações.

domingo, 7 de junho de 2009

1º Encontro com as Professoras – 26/05/09

Após muitas preocupações, organização e preparação, o 1º Encontro da Formação Continuada do GESTAR II da Língua Portuguesa no município de Horizontina, aconteceu!
O maior “medo” era em relação a reação das colegas frente a dimensão do Curso e da disponibilidade de tempo para a realização dessas 300 horas de estudos, reflexões, ações e registros necessários para o sucesso desse “movimento”.
O total apoio da Secretaria de Educação e da coordenadora pedagógica foram fundamentais para a abertura oficial dessa formação, pois auxiliaram na conscientização da importância da atualização e da formação constantes na Educação.
As cursistas foram recepcionadas com a música do CD do GESTAR, da Adriana Calcanhoto “fico assim sem você”, em seguida iniciei os trabalhos falando da grandeza desse curso e das novas maneiras de trabalhar os conteúdos valorizando o conhecimento que o aluno trás para, a partir daí construir novos conhecimentos, e da responsabilidade de cada profissional que ali se encontrava, criando uma expectativa nas colegas.
Em seguida, todas foram ouvidas, onde a preocupação maior é com o “tempo”; como conciliar todas as tarefas com tudo o que está sendo proposto? Ao mesmo tempo a vontade, o querer, a necessidade de fazer “diferente” para alcançar novos resultados.
Assistimos e refletimos sobre o clip do CD do Pink Floyd (junto com um lanche preparado por mim), onde todas pensam que não devemos e não podemos continuar com metodologias dos séculos passados, pois vivemos uma grande transformação, principalmente em relação a informação, por isso faz-se necessário na escola, essa visão diferenciada do nosso aluno como “ser conhecedor” de muitos assuntos e que vivencia realidades diferenciadas que são tratadas a partir de um único ponto de vista.
Professor Maurício e colegas do GESTAR estou completamente realizada em relação às minhas colegas, pois algumas já me comunicaram que fizeram a auto-avaliação do 1º Encontro e já iniciaram a construção do Portfólio.
Espero que essa empolgação continue no decorrer desta formação.
Já organizamos um cronograma com as atividades, lanches, as técnicas e mensagens para cada encontro, com a participação das cursistas.
O encontro superou todas as minhas expectativas! Estou feliz!

sábado, 6 de junho de 2009

FORMAÇÃO EM POA

Ao aceitar o convite da Secretaria Municipal de Educação de Horizontina para receber formação sobre um programa do Governo Federal, denominado Gestar II,muitas expectativas foram criadas.
Partimos então para uma viagem em busca de orientações, propostas, conhecimentos e muita dedicação.
A movimentação intensa de muitos professores, com olhares incertos, assustados e curiosos, se encontravam no auditório da UNIRRITER.
O entusiasmo dos representantes do MEC nos deixou ansiosas para o início dos trabalhos com o professor Maurício, que com muita calma e sabedoria conduziu os trabalhos em meio a tantas dúvidas, curiosidades, angústias.
Aos poucos fomos entendendo o processo e as dúvidas foram sendo sanadas, embora a saudade dos familiares e dos alunos nos perturbasse, continuamos estudando, interagindo, questionando e levando o professor ao cansaço.
Mesmo o curso ainda em andamento a preocupação de como mostrar na prática as novas possibilidades de ensinar e aprender através da aplicação de propostas e estratégias mais eficazes e conjuntas, a fim de elevar a competência dos educadores e educandos, aperfeiçoando a capacidade de compreensão e intervenção a partir da realidade de cada ser, já nos inquietava.
Algumas brincadeiras e piadas foram necessárias para o melhor entrosamento do grupo, mas o mais importante era a responsabilidade do depois; como transmitir tudo ao grupo, como serão as respostas, quanto trabalho a mais, quando fazer tudo isso, será que sou capaz?
Ao retornar, a curiosidade de quem ficou também era grande, porém o trabalho é complexo e exige responsabilidade, disponibilidade e acima de tudo o QUERER CRESCER, para aperfeiçoar o trabalho com as pessoas que terão novas oportunidades de construir os seus conhecimentos através da participação significativa no processo ensino–aprendizagem, professores e alunos, que no meu entendimento, fazem a Educação acontecer.
O provérbio que segue é o resumo do que vivi nesta semana de estudos.
“Na seca se conhecem as boas fontes; na adversidade, os bons amigos.”
Um abraço a todos!
Janete

Horizontina profjanete.blogspot.com

Janete Bruning