quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Jornada Literária de Passo Fundo
Outubro 2009

“Os analfabetos no século XXI não serão os que não souberem ler ou escrever, mas os que não souberem aprender, desaprender e reaprender.” Alvin Toffler

Estiveram presentes na 13º Jornada Nacional de Literatura, na cidade de Passo Fundo, as professoras da Rede Municipal de Horizontina. Romilda Seidel, Lenice Meller, Sandra Petermann e Rosangela Quedi, tendo como tema: Arte e Tecnologia Novas Interfaces. Oportunizaram-se exposições e debates com várias autoridades como professores, escritores, jornalistas, cantores, conferencistas nacionais e internacionais (Holanda, México, Espanha, Chile e África). Todos debateram assuntos acerca dos rumos da literatura, do teatro, da pintura, da música, da dança, da escultura, da arquitetura, da fotografia do cinema e dos museus.
O tema enfocava a relação entre autor, leitor e espectador no processo frente aos avanços tecnológicos desafiadores que provocam modificações significativas no que se refere à leitura, aquisição de informações e consequentemente as características dos usuários atuais.
Para realçar o enfoque da jornada Nacional de Literatura foi criada a música, ”Vidas Virtuais” cujo refrão era:

“Cai na real, cai na real
A nossa vida é virtual”.

A euforia das reflexões da Jornada Nacional de Literatura dominou o 17º encontro do Gestar!
Texto editado no jornal da cidade de Horizontina.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Foram tantas as minhas leituras de mundo...

Lembro-me que ficava ansiosa esperando a visita de minha avó na esquina de nossa casa. Ela vinha de mãozinha comigo, apertando minha mão de forma tão especial que até hoje tenho a felicidade de pedir para ela fazer em mim, estando ela com 92 anos.
Ah ! Que triste foi a decepção que o Papai Noel não era um ser especial enviado do além mas sim o meu padrinho que depositou os brinquedos na área da frente da sua casa, e eu lá de longe na nossa casa, descobri que o Papai Noel era gente como a gente. E aí os presentes não tiveram a emoção que eu tanto sonhava.
E as férias longas e os finais de semana na fazenda com toda a família reunida, com as brincadeiras nas grandes raízes dos pés de umbus, passeios a cavalo puxados pelo meu avô. Ficar olhando as nuvens formarem desenhos, e eu deitada em um balanço feito de ripas largas, uma a uma fixadas com arames nas bordas suspensas em duas árvores. Era para mim o verdadeiro paraíso, principalmente quando estas árvores estavam carregadas de ameixinhas amarelas, o caroço era jogado para o alto sem compromisso, livre de qualquer limitação, era a mais pura sensação de liberdade que já presenciei.
A expectativa da volta das viagens de meu pai, que ia pelos interiores do município com sua “Rural”, vender ração e sal mineral para os animais criados pelos colonos e voltar depois de três a quatro dias trazendo frutas diferentes que eram farturas naquelas propriedades: uva, morango, jabuticaba, marmelo, doce de laranja azeda, pêssegos, figos e junto com estes regalos as suas histórias de bravuras em dias de chuva em estradas difíceis. A alegria das descobertas de mais uma família que ele conhecia e conquistava. Era uma recepção por onde retornava.
E as histórias de meu avô então! Cochilava ouvindo suas histórias e acordava com o pescoço doído e ele ainda tinha repertório para seus ouvintes, rindo muito de suas façanhas. Eu até hoje não sei se eram reais ou inventadas. E as comidas gostosas de minha avó. Todos os domingos eram sagrados: arroz de forno, salada de maionese, língua ensopada, carne de galinha recheada e assada no forninho do fogão a lenha. Era a melhor comida que alguém podia comer. E a garrafinha de refrigerante frisante polar que minha avó e eu dividíamos igualmente com duas barras de gelo em cada copo e tomávamos na sombra de um cinamomo nas tardes de verão, olhando o movimento da estação rodoviária da cidade localizada em frente a casa de meus avós em Palmeira das Missões. Quando estava frio tomávamos mate de leite ou mate doce com açúcar queimado na brasa, acompanhado das famosas balas “soft”. Compartilhando com meus avós verdadeiras aulas de divisão e multiplicação de amor.
Minha mãe fazia tudo, tinha tempo para tudo, pois não conheci e não conheço pessoa mais disposta, disponível e trabalhadeira que nem ela. O que mais ouvi dela quando criança: “na outra geração quero ser homem”, primeiras noções de direitos de igualdade que ali nascia e eu nem percebia. Jurava para mim mesma que eu não seria que nem ela, eu iria estudar e não depender de marido e poder pagar alguém para dividir as tarefas do lar e também poder um dia almoçar na churrascaria dos pais de minha amiga quando quisesse. Isto não era possível nem no dia das mães, já que a minha família era composta de meus pais, três irmãos e eu, sendo um luxo para a época.
As primeiras leituras das palavras foi na Escola Vila Velha com a cartilha: “Caminhos Suaves ”, livro: “Nossa terra, nossa gente” e as revistas: “Sétimo Céu” e “Rainha”, que haviam na minha madrinha e nas minhas tias, irmãs de meu pai. Depois de trinta anos descobri que estas revistas que eram lidas pela filha de minha madrinha, eram doadas por uma amiga de meu marido, que hoje é a sua dentista na cidade onde moramos (Horizontina). Pois estas eram fotonovelas (histórias de amor) e também contavam a vida dos artistas o que não eram recomendadas para a maioria das “moças de família”. Além de ser fã de fotonovelas, as novelas também faziam parte da minha vida. Comecei junto com as primeiras novelas da Rede Globo. Posso dizer que quase faço parte dos quarenta e cinco anos da Rede Globo. Assistia televisão na casa de uma vizinha que morava na frente de minha casa, que era a única que tinha televisão na vila, pois o marido caminhoneiro desta vizinha tinha dado a TV de presente como seu passa-tempo. Televisão nós tivemos em casa quando a princesa Daine casou com o príncipe Charles. Eu tinha quatorze anos quando meu pai comprou uma TV preta e branca (Telefunk). Minha mãe instalou-a num galpão afastado da casa (avanço), para não atrapalhar o ritmo da casa, pois todos deveriam dormir cedo, não ficarem sozinhos e nem atrapalhar os estudos.
O meu programa favorito nas tardes de domingo, depois do almoço na casa dos avós, era ir ao matiné do cinema com um dos meus irmãos e levar os “gibis” para serem trocados e assim serem sucessivamente trocados no outro domingo, favorecendo a leitura de novas aventuras: Zorro, Luluzinha, Tio Patinhas, Pato Donald, Zé Carioca e Fantasma.
Nunca esquecerei de um livro que meu pai ganhou de brinde em um posto de gasolina onde ele sempre abastecia. O livro tinha como histórias: “As aventuras do avião vermelho, Rosa Maria e o castelo encantado e Os três porquinhos” do escritor Érico Veríssimo. Foi o melhor livro que li na minha infância.
E para finalizar não posso deixar de mencionar as histórias de fantoches que minha professora do jardim de infância apresentava para nós. Eram as primeiras lições de fantasia, encanto, otimismo e criatividade que alguém pode ter. Somando, multiplicando e dividindo todas estas histórias de vida cheias de amor, compartilhando esses sentimentos de alegria com todas as pessoas que eu convivo.


Memorial da professora Rosangela Maria Camargo Quedi
Cursista do GESTAR II do Município de Horizontina RS

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

16º Encontro
ARTE E REPRESENTAÇÃO

Empolgada com a prática pedagógica, a professora Ivete Feix envolveu o grupo na leitura deleite da história “A galinha que criava um Ratinho” de Ana Maria Machado
A equipe de coordenação da SMEC apresentou-nos algumas obras da autora Rosana Rios que estará presente na FEITHEC (Feira Internacional de Tecnologia e 8ª MAPIC- Mostra Agropecuária, Industrial e Comercial de Horizontina - RS) onde os alunos terão oportunidade de ouvir, ver e apresentar os trabalhos realizados em aulas, quando acontecerá também o lançamento do livro “Especificidades do Docente”, elaborado a partir do 1º seminário de qualificação dos professores municipais e do livro “ Histórias de Lobo” elaborado pelos alunos do 2º Ano da Escola M. Ens. F. Bela União juntamente com a professora Alice Bessel, apresentando algumas das práticas realizadas nas escolas municipais que consideram a Educação, a porta principal da construção da cidadania.
Em seguida tivemos a apresentação de alguns memoriais, tomados de emoções e reflexões... Um momento fantástico, maravilhoso, que só é capaz de entender quem um dia vivenciou essa atividade.
Relacionando o estudo das Unidades 7 e 8 do TP2, que tratam da Arte e a Linguagem figurada com os memoriais, destacamos a grandiosidade dos efeitos das atividades relacionadas com as várias formas em que a arte se apresenta, as diferentes leituras possíveis que são riquíssimas para o desenvolvimento das mais variadas atividades de aprendizagem, em todas as áreas de estudo.
Para confirmar essas teorias dessas Unidades, o grupo planejou várias práticas que serão desenvolvidas e analisadas nas diferentes turmas.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

15º ENCONTRO
ANÁLISE LINGUÍSTICA E ANÁLISE LITERÁRIA

Motivados pelo vídeo o vôo dos Patos, iniciamos o estudo do TP2 que trata da aplicação da gramática, assunto que deixou-nos reflexivas uma vez que não estamos preparadas para trabalhar a gramática contextualizada. Percebemos que trabalhando conceitos e frases prontas, planejadas, sentimos mais segurança porém, sabemos que para isso seria necessário uma dedicação especial, dispor de tempo suficiente para atualizações constantes.
Considerando a extensão do nosso País, a linguagem diverge nas diferentes regiões e até mesmo nos diferentes grupos sociais, por isso deverá haver maior criatividade por parte dos professores para despertar cedo, no educando, o gosto pela boa leitura, o que facilitará o ensino da gramática, não priorizando conceitos, regras e nomenclaturas, para que o educando possa ter liberdade de pensamento e expressão verbal, gerando um ensino de língua mais eficaz e reflexivo, favorecendo atividades de leitura, expondo e descobrindo as variações da língua a partir de exemplos socializados em sala de aula.
Reconhecendo que a língua é variável segundo as dimensões de tempo, espaço geográfico e divisões sociais, entende-se que a gramática dos manuais mutila a realidade, no momento em que propõe como modelo a ser seguido uma língua artificial que na maioria das vezes, pouco tem a ver com os hábitos da língua padrão, considerando como erros as diferenças lingüísticas.
A função da gramática no ensino de Língua Portuguesa é ampliar a capacidade do aluno ao usar a sua língua, desenvolvendo competências comunicativas a partir de textos utilizados nas diferentes situações de interação comunicativa, pois não há modelo a ser seguido ou condicionado.
A gramática normativa tem a sua razão de ser, porém é preciso saber onde , como, porquê e com quem usá-la, sendo importante e oportuno o professor refletir sobre o que ensina, e como ensina, modificando a prática, conduzindo o educando a eficácia e beleza do falar e escrever saboroso, que torna o texto agradável ao leitor e ao ouvinte, expressando nossas idéias e sentimentos.
O ensino da gramática deve ser visto em uso e para uso, observando sua funcionalidade e inserindo-o em situações próximas ou reais.
Entender que a gramática internalizada é aquilo que o aluno sabe, que a gramática descritiva trabalha a comparação sem preconceitos das formas possíveis de serem produzidas e a explicação da aceitabilidade ou não e a adequação de uso, é tarefa da gramática normativa; conduz o educador às mudanças de suas práticas, transformando o ensino –aprendizagem monótono em aulas descontraídas, significativas e envolvente.
Esta é uma das atividades desenvolvidas, de maneira diferente, no estudo da gramática pelas cursistas do GESTAR II da Língua Portuguesa, no município de Horizontina- RS
Atividade prática do estudo da gramática.
Pensando Ludicamente o Conceito de Sujeito e Predicado
Essa é uma atividade lúdica para despertar nos alunos um olhar observador sobre o que é e que função desempenha nos enunciados o sujeito e o predicado.
Primeiro passo (antes da aula): pesquise e recorte frases de jornal (em número equivalente ao da metade do número de alunos da turma) que tenham sujeito e predicado (períodos simples, ordem direta). Após, separe o sujeito do predicado e coloque cada segmento dentro de um balão diferente. Prepare tantos balões quantos alunos tiver na classe.
Segundo passo, na aula: divida a turma em equipes. Cada equipe escolhe seu codinome. Divida o quadro em duas colunas, com os seguintes cabeçalhos: (1) de quem ou do que se diz algo e (2) o que se diz de algo ou de alguém. Distribua um balão para cada aluno. Quando todos estiverem com os balões em mãos, dê o sinal para que sejam enchidos. (Peça que tenham cuidado para que os balões não estourem. Pode ser estipulada uma pena, caso isto ocorra.) Estipule um local onde serão depositados os balões cheios.
Terceiro passo: dê um palito para cada equipe, comunicando que o mesmo deve ser devolvido (preferencialmente inteiro) ao final desta etapa. Lembre seus alunos que atrás de um minúsculo palito há uma vida vegetal que merece nossa atenção. Ao sinal do professor, um elemento por vez de cada equipe deverá estourar um e somente um balão, fazendo a leitura do fragmento de oração que nele estiver contido. A seguir, o aluno deverá escrever no quadro, na coluna correspondente, a parte da oração que tenha em mãos. De volta ao grupo, ele passa o palito ao próximo elemento, que repetirá o procedimento, de forma que todos realizem a atividade.
Quarto passo: o professor explicará que se chama de sujeito a parte de um enunciado sobre a qual se declara algo. E de predicado a parte que declara algo de alguém ou de alguma coisa.
Quinto passo: cada equipe irá, em seu caderno, escrever a combinação de sujeitos e predicados retirados das colunas, de forma a que haja coerência nas orações resultantes.
Observação: Se a atividade for realizada competitivamente, a pontuação das equipes poderá levar em conta o capricho, a organização, a rapidez, o respeito, etc., conforme valores que se queiram desenvolver com a turma.

sábado, 5 de dezembro de 2009

14º ENCONTRO
Viver e aprender nas diferentes etapas da vida

Compreender as etapas do desenvolvimento humano é de fundamental importância para profissionais que desenvolvem a sua prática voltada para esse objetivo.
Com o intuito de ampliar os conhecimentos voltados para esse aspecto, a Secretaria Municipal
de Educação dispôs a psicopedagoga professora Carmem Freddo para explanar o referido assunto, buscando o nosso entendimento frente a cada aluno que, age e reage de forma diferenciada, esclarecendo alguns dos motivos que provocam essas atitudes diante de várias situações.
O grupo de cursistas demonstrou interesse interagindo com a professora Carmem, sanando algumas dúvidas, pois vivemos em contexto de diferenças.
Em seguida conversamos sobre o encontro de Formação Continuada dos formadores em Porto Alegre.
Sentindo a necessidade de planejar algumas práticas, o grupo organizou atividades diferenciadas e envolventes a fim de trabalhar a leitura da imagem, baseadas no TP2, Unidade 6 que trata da Frase e sua Organização, a partir da proposta do Avançando na Prática da página 56.



quinta-feira, 3 de dezembro de 2009


Aprendendo sobre cidadania


As escolas municipais de Horizontina, participam todos os anos do Projeto Agrinho e neste ano o trabalho de redação da aluna Camila Gabriele Branco de Lima do 5º ano da escola São José Operário foi classificado entre os melhores do Estado do Rio Grande do Sul.


Segue ao lado o texto da aluna premiada

domingo, 22 de novembro de 2009

MINHAS MEMÓRIAS

Pensar no passado é sentir saudades de um tempo maravilhoso vivido no interior, longe das agitações da cidade, a inocência de quem acreditava nas histórias criadas e narradas pelo pai, todas as noites antes de dormir... colo, abraços, risos, histórias de vários gêneros, lendas, aventuras, suspense, terror... durante a narrativa, conforme aumentava o medo, mais eu agarrava o pescoço do pai, enquanto isso a mãe organizava os afazeres da casa, não tínhamos TV, por isso talvez, as noites eram tão divertidas e de muitas conversas.

Não me lembro de livros de literatura infantil, porém nossa imaginação viajava muito para criarmos nossos brinquedos, nossas histórias.

Apesar de o baixo poder aquisitivo, sempre tivemos as condições necessárias para frequentar a escola.

O suspense do novo, a valorização do aprender; o cuidado com a cartilha, os cadernos, os lápis novos, coloridos... a certeza de um futuro próspero a partir dos conhecimentos adquiridos na escola, realmente tudo isso tinha uma significado maior, a construção do SER.

Pensar nas distâncias, até a escola, nas estradas precárias, no alto custo das passagens e das mensalidades elevadas é constatar que realmente sabíamos o que queríamos.

Tudo mudou muito rápido, hoje temos gratuidade do transporte e da escola para todos, embora não se percebe a importância disso por parte da maioria dos estudantes... Às vezes penso que quando temos muitas facilidades tornamos tudo banal, sem importância.

O ensino médio foi o passo decisivo para a realização do sonho, iniciei o magistério com a estima no máximo, pois estava acontecendo o que mais queria.

Colégio particular, dificuldades financeiras, pois até nos dias atuais sabemos que não é tão fácil manter todas as exigências dessas instituições.
Em relação aos conteúdos, lembro que era muito exigido, precisava estudar muito, fazer muitos trabalhos, estudar as fases do desenvolvimento do ser humano, as ciências exatas, porém a parte que mais gostava era as didáticas, as disciplinas que mais aproximavam a esperança da prática.

O momento da prática chegou... imaturidade, ingenuidade, dificuldades de domínio, professora regente que só criticava para destruir e não para construir ou auxiliar, todos os passos da aula detalhados, a cobrança para fazer melhor, do diferente, do divertido sem segurança... Pensei que fosse desistir, mas o querer, a insistência a humildade e a força interior e divina possibilitaram a conquista do primeiro passo.

Isso não era o suficiente, precisava espaço no mercado, então o concurso, a nomeação a regência... Escola do interior multiseriada, precisava atender as quatro séries, a documentação da secretaria, a merenda, a limpeza, os pais e principalmente a aprendizagem dos alunos. Quanta aprendizagem...

Não tínhamos telefone, como tirar dúvidas? Nos encontros mensais com as supervisoras da SMEC, porém, um salário adequado, seis mínimos para 20hs e sem graduação. Os pais muito legais, compreensivos, parceiros, empenhados, dedicados...

Com o passar do tempo senti a necessidade de buscar novos conhecimentos, aperfeiçoamento, aprofundamento... a graduação em Letras.

Foram quatro anos de esforços em todos os sentidos e ao mesmo tempo de completa realização do meu EU, e da aplicação das teorias estudadas, nas práticas da sala de aula. Isso é que realmente impulsiona a vida de quem faz o que gosta e se realiza profissionalmente por estar constantemente ligada às letras, ao conhecimento, aos saberes e aos fazeres.

Sempre quis ser professora, e entendo que nasci para essa função, gosto do que faço e procuro adequar a minha prática aos diferentes grupos de alunos que ano após ano,a mim são confiados. É através de histórias que inicio o vínculo com meus alunos, contando e ouvindo, demonstrando que não detenho todo o conhecimento e que aprendemos sempre.

Trabalhar na área da Educação implica conhecer além da prática docente, é necessário enfrentar desafios, e um desse foi trabalhar na coordenação das séries iniciais.

O novo exige aprendizagem, dedicação e esforço, porém foi uma experiência maravilhosa, pois trabalhar vendo o fazer pedagógico de um outro ângulo permite-nos refletir e crescer, foi então que constatei na prática, o que já sabia. O trabalho fora da sala de aula é difícil e pouco valorizado, pois é preciso “organizar” “acomodar” as diferenças, as dificuldades, não só dos alunos, mas sim de todos que fazem parte da comunidade escolar, para isso, era necessário mais informações, uma formação específica, daí então o curso de Pós Graduação na Área de Gestão Escolar em um curso de EAD.

Outro grande desafio, familiarizar-se com a Tecnologia, com o uso freqüente da Internet, não poder sanar as dúvidas pessoalmente, mas quem pensa ser fácil, engana-se, pois é preciso muita dedicação e estudo em dobro, busca de soluções para as dificuldades, porém um crescimento pessoal e cultural, considerável . Mais uma etapa vencida.

Mudança de governo, substituição da coordenação, retorno para a docência somente nas séries finais do Ensino Fundamental.

Outra novidade, outro desafio, coordenar a formação continuada do Gestar II da Língua Portuguesa...

E depois o que virá?